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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

14 jun

“Hora da morte”, ou da substituição, chega para Vilmarzim

A fatura em Aparecida está liquidada: se o prefeito Vilmar Mariano (UNIÃO BRASIL) se tornar o candidato da base governista na eleição municipal deste ano, a vida do seu adversário Prof. Alcides (PL) será facilitada. Alcides pode encomendar o terno de posse, conforme a indicação de todas as pesquisas publicadas até agora e o cenário traçado pelos estudos qualitativos, trazendo Vilmarzim como representante da velha ordem, despreparado e pior ainda percebido pela população como abaixo das exigências para administrar o 2º maior município do Estado.

 

Vilmarzim só não foi substituído ainda pelo ex-deputado federal Leandro Vilela (MDB) em razão da Convenção Nacional do UNIÃO BRASIL programada para este sábado, 15, no Atlanta Music Hall, a partir das 8:30hs da manhã, com a presença do governador Ronaldo Caiado e de convidados nacionais como o presidente Antônio Rueda e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto. O principal objetivo do encontro é reafirmar a candidatura de Caiado a presidente da República, mostrando que o partido o considera como um projeto viável para o pleito de 2026. Mexer com Vilmarzim, às vésperas de um ato de tal repercussão, poderia gerar ruídos indesejáveis ou capazes de obnubilar o brilho da mobilização pró-Caiado.

 

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Não resta dúvidas, no entanto, de que imediatamente após o evento do UNIÃO BRASIL será acionada a contagem regressiva para a definição sobre o nome do candidato a prefeito de Aparecida pela aliança partidária liderada pelo Palácio das Esmeraldas. É coisa para acontecer já na segunda, 17, ou no dia seguinte, terça, 18, dada a premência criada pela aproximação do período eleitoral – em um momento em que o Prof. Alcides movimenta-se livre e ativamente sem qualquer concorrência, aproveitando-se da inércia forçada dos seus antagonistas. É preciso fazer um contraponto, com urgência.

 

A convicção das lideranças governistas  com jurisdição política em Aparecida (leia-se: Mendanha e o vice Daniel Vilela) é a de que Leandro Vilela enquadra-se como uma proposta de renovação tanto pelos seus méritos pessoais como pela ancoragem na imagem positiva do seu tio e melhor prefeito da história aparecidense Maguito Vilela. Municiado de uma ampla “documentação”, ou seja, de pesquisas e estudos mostrando a estagnação de Vilmar Mariano e a sua presença tacanha na prefeitura e gestão com avaliação popular baixa, caberá a Caiado bater o martelo, com certeza em uma reunião com Vilmarzim a qualquer instante depois da Convenção Nacional do UNIÃO BRASIL deste sábado. Atenção: além do perfil favorável, Leandro Vilela conta com um trunfo sem preço para enfrentar o Prof. Alcides: o apoio determinado do ex-prefeito Gustavo Mendanha, maior cabo eleitoral de Aparecida. Já é sabido que, em Mariano sendo o candidato, Mendanha se transferiria para Goiânia para se empenhar na campanha de Sandro Mabel, algo repetido quase diariamente. O prefeito ficaria ao léu na sua busca pela reeleição.

 

Vilmarzim é a cara do cansaço, aponta para o passado (afinal, já são 16 anos de um mesmo grupo), pior que José Eliton no fim do ciclo do PSDB e de Marconi Perillo no governo do Estado. Já Leandro seria uma face nova, à altura de reoxigenar e dar sobrevida a uma corrente política que parece ainda ter algo a oferecer em Aparecida, a depender de quem  carregará a sua bandeira até as urnas de 6 de outubro. Conclusão inevitável: chegou a “hora da morte”, metaforicamente falando, é claro, para o Mariano. C’est fini.