Lula é aposta perdida para 2026: até os petistas fanáticos de Goiás correm dele
Um fenômeno vem sendo observado nas redes sociais: político algum, menos ainda os do PT, tem postado fotos com o presidente Lula. Uma matéria da Folha de S. Paulo, sob o título “Até aliados fogem de fotos ao lado de Lula”, registra eventos a que o petista comparece ao lado de deputados e senadores de partidos de esquerda, após os quais praticamente ninguém exibe nos seus perfis, como o Instagram, por exemplo, imagens de um Lula que já deu o que tinha de dar, repetitivo e desatento às demandas da atualidade, ao contrário do que ocorria em tempos pretéritos. Envelhecido em todos os sentidos, enfim.
O que importa: o fenômeno, de certa forma, se repete em Goiás. A deputada federal Adriana Accorsi, que perdeu três eleições sucessivas para a prefeitura de Goiânia menos pelos seus predicados pessoais e políticos e mais pelas conexões com o petismo e o lulismo, há meses não reproduz nas suas mídias sociais qualquer foto de Lula. Da parte dela não há nada para recordar o presidente. Adriana aparece com ministros como o da Saúde Alexandre Padilha e do Meio-Ambiente Marina Silva, porém… com Lula, nem pensar. Até a Torre Eiffel com as cores verde-amarela, em Paris, onde Lula estava nesta semana, ganha espaço no Instagram da deputada. Apenas a Torre. Lula, que estava em Paris, não.
Com o deputado federal Rubens Otoni, outra estrelinha local do PT, repete-se a mesma coisa. Neste ano, Otoni publicou uma única foto de Lula, em que o presidente está empoleirado como papagaio de pirata do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, morto em meados de maio. Na legenda, Lula não é sequer citado. O texto, como previsto, faz referências elogiosas ao falecido Pepe, sem se dar conta da existência de Lula. Isso, diante da disciplina soviética do petismo, não pode ser à toa nem por acaso em um momento em que os projetos eleitorais para 2026 começam a se afunilar. O clima é de cada um por si.
Como os deputados estaduais do PT, Mauro Rubem, Bia de Lima e Antônio Gomide, é a mesma coisa: Lula tornou-se um fantasma para o seu próprio público. Gomide, como Adriana Accorsi, pagou caro ao ser atropelado pelo antipetismo e pelo antilulismo em duas eleições consecutivas para a prefeitura de Anápolis, depois de começar em ambas disparado em 1º lugar. Bia de Lima até publica uma foto em que ela posa ao lado de um emagrecido e decrépito petista-mor, que, no entanto, não é mencionado na legenda. Estranho? Sim e muito. E Mauro Rubem? Uma pesquisa nas redes sociais do deputado não encontra o menor rastro do Lula. Oooops… Há uma exceção que confirma a regra: Mauro Rubem exibe Lula ao lado do ditador e líder supremo da China Xi Jinping, o que é sugestivamente coerente com um político – ele, o Mauro Rubem – autodeclarado comunista da velha estirpe e marxista sem jamais ter folheado O Capital e não saber responder sobre quantos volumes compõem a obra.
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Não é fácil a vida dos petistas em Goiás, Estado tradicionalmente conservador, com rasgos vigorosos de extremismo. O instinto de sobrevivência política pode explicar o distanciamento quanto ao Lula. Raridades como Adriana Accorsi, Rubens Otoni, Mauro Rubem, Bia de Lima e Antônio Gomide vivem sufocados em um espaço ideológico em que penam a caminho da condição de minorias irrelevantes, sem mandatos majoritários e ocupando três prefeituras de pequeno porte. Governar Goiânia ou Anápolis, no passado distante, teve como única consequência criar bastiões poderosos para a direita – na capital, dois candidatos bolsonaristas disputaram a última eleição municipal, enquanto na velha e decadente “Manchester” goiana o postulante petista foi mais uma vez arrasado nos dois turnos. Todos eles se mostram convictos: não vale a pena se associar a Lula. Seria fim de carreira.