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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

17 maio

Em meio ao festival de comemorações por um índice de aprovação que não houve, professor da UFG chama à realidade: “Se Zé Eliton tivesse mesmo esse índice de 49,9%, as intenções de voto nele seriam maiores que 9,8%”

O Diário da Manhã desta quinta traz um festival de comemorações, a começar pelo próprio Zé Eliton, a propósito do suposto índice de aprovação de 49,9% de bom e ótimo que o governador atual teria alcançado na pesquisa Grupom/DM recém-publicada.

 

Já mostrei aqui que essa aprovação não foi apurada pela pesquisa. O Grupom não perguntou sobre o que seus entrevistados acham do desempenho do governador ou do seu governo. O que o instituto fez foi indagar sobre a expectativa da população sobre o Governo José Eliton, quando, aí sim, 49,9% (soma dos índices de bom e ótimo) responderam acreditar que ele FARÁ uma boa gestão.

 

Isso está longe de ser aprovação, não passando de mera esperança. O próprio Diário da Manhã entrevistou alguns acadêmicos sobre a pesquisa e colheu uma gota de bom senso por parte do professor de Ciências Sociais Carlos Ugo Santander, da UFG: “Se José Eliton tivesse mesmo esse índice de aprovação, as intenções de voto no tucano seriam maiores”. (No título desta nota, acrescentei por minha conta os números do Grupom, para melhor esclarecimento aos leitores).

 

Não é preciso dizer mais nada. De fato, leitor amigo, é difícil explicar como é que um governador-candidato, com 49,9% de aprovação, só aparece com 9,8% de intenções de voto. Ou melhor, é fácil explicar: essa aprovação nunca houve. O que a pesquisa Grupom apurou foi uma simples visão para o futuro.