Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

18 maio

Base governista está assentada sobre um barril de pólvora: composição da chapa majoritária, segunda vaga ao Senado, formação da chapa para deputado estadual, tudo isso tem potencial explosivo

Com vistas às próximas eleições, a base governista está assentada sobre um verdadeiro barril de pólvora, com pelo menos 3 estopins acesos: a composição da chapa majoritária, especialmente a disputa pela segunda vaga ao Senado, e a formação da chapa proporcional visando a Assembleia Legislativa.

 

Unanimidade, só as candidaturas do governador Zé Eliton à reeleição e do ex Marconi Perillo ao Senado. O restante é quase que totalmente crítico. Não há a menor previsão sobre quem ocupará a vaga de vice (cargo que, estranhamente, parece não despertar interesse, por enquanto). Lúcia Vânia, pelo PSB, e Demóstenes Torres, pelo PTB, se enfrentam pela segunda vaga senatorial. Quem for excluído pode até levar um partido de peso para fora da coligação governista, carregando preciosos segundos de tempo de propaganda eleitoral gratuita na televisão (em cada um dos dois blocos diários de 9 minutos destinados à campanha ao governo, PSB e PTB têm aproximadamente 30 segundos cada, fora as pílulas espargidas pela programação). Isso sem falar em uma consequência política ainda mais séria: o enfraquecimento da candidatura de Zé Eliton.

 

Não há, no horizonte, qualquer hipótese para que se resolva esse drama.

 

A questão da chapa proporcional para a Assembleia também é complicada. O PSDB tem 12 candidatos a deputado estadual com potencial de eleição (isso caso se confirme a volta do presidente da Assembleia José Vitti ao páreo). Isoladamente, o partido elegeria no máximo 6, porém coligado com outras legendas poderia fazer mais. O problema é que nenhuma outra sigla quer servir de escada para levar parlamentares estaduais tucanos ao topo, sacrificando seus próprios postulantes.

 

A chapa de candidatos a deputados federais tem uma situação mais tranquila. Uma coligação (chapão), com candidatos de todos os partidos da base, beneficia igualmente a todos.