Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

19 maio

No rame-rame do governo, presidindo eventos, lançando obras e distribuindo recursos, diante das claques da base aliada, Zé Eliton não vai decolar nas pesquisas

Ele jamais vai admitir em público. Ao contrário, vai dizer como já disse que está preocupado com a administração do Estado, que é responsável e que não perderá um único minuto com qualquer outra questão.

 

Porém, a realidade que oprime como um fardo pesadíssimo as costas de Zé Eliton é a necessidade de subir nas pesquisas. E ele sabe disso. É fundamental para a estabilidade da candidatura alcançar números melhores do que os 9,8% conquistados na última pesquisa do Grupom ou, pior ainda, os minguados 6,7% registrados no levantamento do Serpes.

 

O problema é que o rame-rame administrativo em que o governador se meteu é insuficiente para faturar saltos nos índices. Na verdade, desde os tempos de vice, pelo menos desde o segundo mandato, iniciado em 2015, o ritual diário de Zé Eliton é o mesmo que ele continua seguindo como inquilino do Palácio das Esmeraldas: concede audiências, preside eventos, lança obras e distribui recursos, sempre aplaudido por claques e fotos alegres nas redes sociais. Trata-se de um padrão politicamente formal e por isso mesmo medíocre, que dá vitrine, mas não rende pontos nas pesquisas, como ficou provado até agora.

 

É preciso algo novo.