Zé Eliton é um “governador oral”. Fala muito, expressa-se bem, deixou para trás o jargão jurídico e a entonação de meetingueiro de província e, mais importante, conteve o gênio arrogante
Ao assumir o governo do Estado e se submeter à luz dos holofotes, Zé Eliton passou a ter o seu comportamento observado com lupa.
Em pouco mais de um mês de mandato-tampão, sua imagem ficou marcada pela oralidade. Trata-se de um governador que fala muito, porém expressa-se bem, tendo corrigido defeitos graves como o excesso de jargão jurídico (sempre foi advogado), a entonação de meetingueiro de província e, principalmente, o gênio arrogante que transparecia principalmente no seu relacionamento com a equipe de governo.
Continua cercado de seguranças, hábito antipático que adquiriu desde os dias iniciais do primeiro mandato de vice-governador, mas de nada adiantou quando acabou baleado durante um atentado em Itumbiara, ao lado de outro Zé, o Gomes, candidato na época a prefeito da cidade.
Analisando esses 40 dias de governo, dá pra notar que Zé Eliton parece convincente no papel de governador, o que pode ajudar no seu esforço para subir as pesquisas e persuadir em definitivo a coligação liderada pelos tucanos de que é o melhor candidato, não pelo só pelo cargo e sim pelo preparo, desempenho e um mínimo de liderança.
O tempo é curto. É preciso que os índices se mexam nas próximas pesquisas, que provavelmente virão em junho. Caso contrário será difícil conter o desânimo da base governista.