Marconi aparece no programa de Zé Eliton como estratégia para tentar transferir os poucos votos que tem a mais para o Senado, mas o resultado pode ser piorar ainda mais a já difícil situação do Zé

Depois de oito veiculações sem que fosse feita qualquer referência ao seu nome, o ex-governador e candidato ao Senado Marconi Perillo finalmente apareceu no programa de rádio e televisão de Zé Eliton(frame acima).
Marconi elogiou o Zé, pediu voto para ele e fez um comunicado aparentemente estranho: disse que não é mais o governador de Goiás e que esse posto é ocupado pelo Zé.
Há uma estratégia clara dos marqueteiros tucanos com a utilização da imagem de Marconi: tentar transferir as poucas intenções de votos, cerca de 5%, que o ex-governador tem a mais que os índices de Zé Eliton. Além, disso, o tucano-mor deixou o governo com uma aprovação de 33,2%, enquanto o atual tem 18,2%, conforme pesquisas Serpes em O Popular na época da renúncia de Marconi e nesta terça. Essa é uma diferença que tem que ser buscada. Outra linha de ação é diminuir o nível de desconhecimento do candidato da base governista, que parte do eleitorado ainda hoje não saberia quem é e muito menos que já governa o Estado. Talvez, se identificado como governador, possa absorver algum crédito pelas realizações passadas das administrações do Tempo Novo. É isso que pensam os gênios do marketing e da comunicação da campanha do PSDB.
O marketing do Zé já mudou de rumo várias vezes, sem conseguir resultado nenhum até agora. Essa é mais uma guinada. mas o que ameaça a nova estratégia é que Marconi tem a rejeição mais alta dentre todos os candidatos majoritários. Na pesquisa também desta terça-feira do Diagnóstico, publicada pelo Diário da Manhã, 40,8% dos entrevistados citam o seu nome quando respondem à pergunta “Em quem você não votaria de jeito nenhum para o Senado?”.
Se, em vez dos fatores positivos, essa rejeição se transferir para o Zé, aí ele não só perde a eleição, como caminha para perder no 1º turno, mas cai para o 3º lugar e se habilita a protagonista do maior vexame eleitoral da história de Goiás.