Rescaldo eleitoral(1): Derrota de Priscila Tejota para a Câmara e partido com apenas 6 prefeitos eleitos enfraquecem Lincoln Tejota e sinalizam para troca do vice na chapa da reeleição de Caiado
A chapa da reeleição do governador Ronaldo Caiado em 2022 caminha para uma nova configuração, com a substituição do atual vice Lincoln Tejota por nomes de maior densidade política, a exemplo do presidente da Assembleia Legislativa Lissauer Vieira e do prefeito de Catalão Adib Elias. Tejota saiu das eleições municipais do domingo passado muito enfraquecido, depois que a sua ex-mulher, que carrega o seu sobrenome, Priscila Tejota perdeu a vaga de vereadora do PSD na Câmara de Goiânia e o seu partido, o Cidadania, conseguiu emplacar apenas seis prefeitos, em cidades sem peso eleitoral.
Entre interlocutores próximos a Lincoln Tejota, reina a impressão de que ele se desinteressou pela política e que aguarda apenas o desdobramento das articulações que visam a indicação do seu nome para a substituição do seu pai, Sebastião Tejota, no Tribunal de Contas do Estado. Ele já contaria com tempo legal para a aposentadoria. O projeto político da família teria continuidade com a volta do conselheiro às disputas eleitorais, como candidato a deputado federal em 2022.
A condução de Lincoln Tejota ao TCE não é tranquila, em razão de dois fatos: 1) a repercussão negativa natural que a troca do cargo entre parentes fatalmente acabará provocando, ainda mais quando se lembra que a operação depende da participação do governador Ronaldo Caiado, que tem preocupações acentuadas com questões éticas e 2) o precedente negativo da nomeação de Sérgio Cardoso (cunhado do ex-governador Marconi Perillo) para o Tribunal de Contas dos Municípios, que acabou pegando mal e influenciando o resultado negativo que o PSDB teve nas urnas em 2018.