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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

22 nov

Rede de mentiras montada pelo MDB e por Daniel Vilela sobre o estado de saúde de Maguito teve o domingo, 15, dia da eleição, como momento crucial. Vanderlan estava certo ao denunciar uma farsa

De 27 de outubro a 15 de novembro, o Hospital Albert Einstein divulgou apenas seis boletins médicos oficiais sobre o estado de saúde do candidato a prefeito de Goiânia Maguito Vilela, que, nesse período, foi continuamente anunciado em comunicados do MDB e entrevistas e postagens do filho Daniel Vilela, além de vídeos do médico-genro Marcelo Rabahi,  como em melhora progressiva e perto de uma alta. Pior, muito pior: no dia 15, data da eleição, Daniel Vilela deu uma entrevista por volta das 10 da manhã, mais uma vez comemorando o restabelecimento do pai – que, no mesmo momento (pacientes são avaliados no período da manhã, diariamente, em qualquer hospital), tinha identificada uma piora gravíssima, a ponto de logo a seguir ser reintubado – o que só foi informado depois do fechamento das urnas, às 17 horas, quando não havia mais risco de prejuízo às intenções de voto no emedebista.

Não existe a menor possibilidade de que Maguito estivesse bem de manhã, perto de sair do hospital, como apareceu nas declarações eleitoreiras do filho, porém mergulhando em um quadro negativo no início da tarde, quando voltou a receber ventilação mecânica invasiva e dois dias depois conectado a uma máquina ECMO, que passou a realizar as suas funções vitais. O que houve foi uma farsa, corretamente denunciada pelo candidato do PSD Vanderlan Cardoso, com o objetivo de promover um estelionato eleitoral que corrompeu o resultado do 1º turno – infelizmente bem sucedido até agora.

Não por acaso, a partir de segunda-feira, 16 de novembro, os boletins médicos oficiais do Hospital Albert Einstein passaram a ser diários, ao contrário do que ocorreu nos 19 dias anteriores, quando, como já dito no 1º parágrafo, apenas seis foram emitidos, o que, de uma maneira ou de outra, permitiu que o MDB, Daniel Vilela e o médico-genro Marcelo Rabahi ocupassem espaço com prognósticos otimistas que não tinham a menor base real, mas serviram para alimentar falsas expectativas entre as eleitoras e os eleitores de  Goiânia. Para isso, foi fundamental a colaboração de O Popular, origem de jornalistas que atuam na assessoria de comunicação de Maguito e Daniel e desfrutam até hoje de bom trânsito e capacidade de influência na redação do jornal. Foi isso que levou o veículo a um comportamento jornalisticamente insólito, na segunda, 16 de novembro, ao colocar parênteses em uma entrevista de Vanderlan, supostamente desmentindo com dados sub-interpretados suas afirmações sobre o complô informativo do MDB e da família para desvirtuar com objetivos eleitorais o noticiário sobre a saúde de Maguito, oferecendo argumentos que foram usados intensivamente por Daniel Vilela, em suas entrevistas posteriores, para atacar Vanderlan.