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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

03 out

Eleição de Wilder Morais é nó cego na linha evolutiva da política estadual e representa retrocesso para a História de Goiás

Wilder Morais foi eleito senador por Goiás cavalgando a onda bolsonarista que tomou conta do país neste domingo de urnas eletrônicas. É um empresário milionário que não sabe fazer política, não tem a noção do papel a ser cumprido por alguém assentado na mais alta Câmara Legislativa nacional e não tem conexões orgânicas com a sociedade estadual, nem mesmo quanto aos seus pares do mundo dos negócios. É um nó cego infelizmente travando a linha evolutiva da História de Goiás, um passo atrás, enfim.

Ele e Vanderlan Cardoso, no Senado, vão montar a dobradinha do atraso. Nenhum dos dois tem consciência do papel institucional de um senador da República. No caso de Vanderlan, é atuar como despachante para distribuir para os municípios tratores, caminhões e verbas do orçamento secreto, inexistente na época em que Wilder transitou por mais de 7 anos na Casa sem se destacar por uma mísera vírgula colocada em uma folha qualquer de papel. Podem apostar: ele vai cair de boca nesse imenso manancial de recursos desperdiçados a cada ano com falta de planejamento, corrupção e obras aleatórias descomprometidas dos interesses da população. Não tem estatura para mais nada.

O pleito senatorial em Goiás não se deu por fatores intrínsecos ao Estado, como seria normal, ou seja, foi decidido antes por influências externas deletérias, fortemente ideológicas e nocivas, embora disso Wilder não entenda por que ideias, conceitos e valores não são a sua praia. É um cabeça oca, se expressa em mau português e repete um filme triste de vez em quando visto no Brasil, sempre com resultados catastróficos quando um despreparado alcança pelo voto popular mandatos importantes.