Caiado faz o discurso perfeito na cerimônia de diplomação do TRE
Discursos perderam a importância em um mundo de redes sociais e divulgação acelerada de tudo o que acontece via internet. São coisa do passado. Costumam ser chatos, quase ninguém liga.
Ainda assim, eventualmente, merecem alguma atenção. O que Lula vai receitar na sua posse, no Congresso Nacional, em 1º de janeiro, por exemplo. Vai se propor a ser um presidente para todos os 220 milhões de brasileiros ou pretende continuar falando para quem o elegeu – e principalmente os petistas, como tem feito desde que venceu as eleições? A conferir.
O governador Ronaldo Caiado, na solenidade de diplomação do Tribunal Regional Eleitoral, antecipou o seu, quanto a posse no segundo mandato. Aproveitou e já disse o que tinha a dizer. Fez um discurso, digamos assim, perfeito; resumiu a essência do seu governo até agora, que será a mesma do próximo, com algumas ênfases a mais. Foi feliz na definição dos quatro pontos fundamentais da sua administração, antes e a partir do ano que vem: foco em combater as desigualdades e dar dignidade ao cidadão; respeito à independência dos poderes e aos segmentos organizados da sociedade; e responsabilidade fiscal.
É o que foi, é o que continuará sendo. Uma fórmula ideal para qualquer governador de Estado, do Oiapoque ao Chuí. Mas, atento ao momento nacional, Caiado abriu um largo parênteses para defender a democracia, o respeito às urnas e a paz social. Demarcou, com clareza, a sua posição política e ideológica: é de direita, porém democrática e moderada, longe, muito longe dos excessos extremistas do bolsonarismo.
Simplesmente perfeito.