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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

21 dez

Todo líder do governo na Assembleia se transforma em presidente

Não é mais que o cumprimento de uma tradição antiquíssima da Assembleia Legislativa a ascensão do líder do governo Bruno Peixoto ao posto mais elevado da Casa, ou seja, a presidência.

Desde priscas eras, menos quando houve ruptura de regime, por exemplo, quando o período de poder do então PMDB se encerrou com a vitória do jovem Marconi Perillo em 1998 ou na primeira eleição de Ronaldo Caiado, em 2018, ao despachar para o ralo os anos de fastígio do PSDB (e de Marconi), a liderança do governo é uma espécie de preparativo para a consagração do seu titular como presidente subsequente do Legislativo estadual.

Foi assim, só para lembrar casos recentes, com Jardel Sebba, Helder Valin, Hélio de Sousa e José Vitti, todos líderes do Palácio das Esmeraldas naturalmente transmutados em dirigentes supremos da Assembleia.

Sim, Lissauer Vieira foi exceção. Mas, pode-se dizer: toda regra necessita de um desvio para ser confirmada. É desse veio que nasce a escalada irresistível de Bruno Peixoto para o comando da Mesa Diretora. E é daí que a “disputa” pela posição do novo líder do governo se converterá em uma das mais acirradas da história, já que está gestando o próximo presidente. Mais importante, talvez, que a do próprio Bruno. “Disputa”, entre aspas, porque o deputado a ser premiado depende da escolha livre e soberana de Caiado.