O valor exato da inédita “poupança” do governo do Estado: R$ 9,2 bilhões
O governador Ronaldo Caiado revelou em seu discurso de posse, transmitido online do seu apartamento em São Paulo, onde se encontra em repouso após a cirurgia de ponte de safena a que se submeteu no dia 8 de dezembro: a “poupança” do governo do Estado alcançou exatos R$ 9,2 bilhões aplicados, rendendo em torno de R$ 100 milhões por mês, conforme o extrato bancário do dia 31 de dezembro.
A transparência mostrada por Caiado, ao tornar público esse saldo espetacular, contrasta com o comportamento dos seus antecessores. Iris Rezende e Marconi Perillo, por exemplo, nunca deixaram claro, em momento algum dos seus mandatos, se existiria algum valor “poupado” (se é que em algum momento conseguiram acumular recursos). Mais: seus secretários de Fazenda trabalharam sob a rigorosa proibição de anunciar altas na arrecadação ou eventuais disponibilidades de caixa.
O motivo? Evitar o estímulo a movimentos de reivindicação de aumentos salariais por parte do funcionalismo, por um lado, e por outro não jogar gasolina na fogueira dos interesses dos prefeitos por obras em seus municípios, caso ambos os grupos pudessem identificar qualquer folga financeira na gestão estadual.
Caiado, ao contrário, não escondeu o trunfo. E nem o duplo reforço a caminho: a reposição das perdas do ICMS, a que o governo federal está obrigado por lei, alcançando R$ 2,2 bilhões somente quanto ao exercício de 2022, e a possibilidade de contrair empréstimos de longo prazo, para obras e investimentos, com aval da União resultado da conquista da Capag B (nota do Tesouro Nacional que atesta as boas condições fiscais de um Estado).
Tudo isso e mais uma máquina arrecadadora de eficiência ímpar na história de Goiás indicam que a “poupança” vai continuar crescendo, cumprindo a sua finalidade de fundo moderador da administração fiscal do Estado.