Metade do PIB goiano está por conta de 2 prefeitos bons, um médio e duas nulidades
Metade do PIB goiano está concentrada em apenas cinco municípios: Goiânia, Anápolis, Aparecida, Rio Verde e Catalão. Isso deveria colocar um fardo nas costas dos seus prefeitos, diante da responsabilidade não só de manter essas posições, como também lograr algum avanço – além da mera expansão vegetativa.
Como esses prefeitos, com apenas dois anos de mandato pela frente, estão se saindo como influenciadores de uma fatia tão importante da economia estadual? Não é preciso ser expert em indicadores estatísticos para estabelecer uma avaliação do desempenho de cada um, indo do bom ao pior. À frente, saem Paulo do Vale (Rio Verde) e Adib Elias (Catalão). Ambos são médicos, mas mostraram capacidade técnica para a gestão dos seus municípios. Os seus números poderiam ser melhores, porém estão nivelados em um patamar aceitável que garante o quarto e o quinto lugar, respectivamente, quanto aos seus PIBs municipais.
No meio, situa-se Roberto Naves, um professor que nunca exercitou o diploma de farmacêutico, preferindo ensinar Química em um cursinho de Anápolis. Ele se esforçou nos primeiros seis anos de mandato para atrair os investimentos que afastariam Anápolis do empate incômodo com Aparecida no segundo lugar do ranking dos PIBs municipais, sem resultados. E começa agora a reta final da sua gestão (segundo mandato) com as mãos abanando: nem uma única indústria de porte respondeu aos seus apelos e resolveu se instalar ou, já plantada lá, promover uma reles ampliação em Anápolis.
Na primeiríssima colocação, Goiânia, é claro. A capital tem um inegável dinamismo e se desenvolve por conta própria. Rogério Cruz, com a sua inação e estado de perpétua crise administrativa, atrapalha. Fora alguns programinhas sociais, não foi capaz de inovar seja através de obras seja através de iniciativas inteligentes para fomentar o mundo dos negócios para as goianienses e os goianienses. É um zero à esquerda que coloca para uma das maiores capitais do país o desafio de sobreviver aos seus anos finais de mandato.
Em último, Vilmar Mariano, de Aparecida, conhecido pelo significativo apelido de Vilmarzim. Mais despreparado, impossível (sem a intenção de desrespeitar a classe, a cabeça é de vereador do interior). Complicando as coisas, herdou do seu antecessor Gustavo Mendanha uma máquina administrativa inchada e sem objetivos, praticamente paralisada. Ao mesmo tempo, sem presença estadual. Previsível assim a desaceleração da economia aparecidense, aliás iniciada assim que se encerrou o segundo mandato de Maguito Vilela. De lá para cá, apesar da propaganda ufanista que consumiu milhões nos seis anos e três meses de Mendanha, o município diminuiu quanto ao seu tamanho e também, a exemplo de Anápolis, não registrou novas empresas de grande calado. Atenção: nem uma só.
Conclui-se daí que, em relação a metade do PIB estadual, vamos muito mal.