Kajuru enfático, Vanderlan firme e Wilder defendendo a tese furada dos “infiltrados”: a reação dos senadores goianos ao 8 de janeiro
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A reação dos senadores brasileiros, mesmos os bolsonaristas, ao ataque aos Três Poderes, no domingo, tem sido dura. Afinal, é a Casa deles que foi assaltada. Um ato infame contra um dos 81 detentores de cadeiras na mais alta Câmara Legislativa do país.
Dos três que compõem a bancada goiana, Jorge Kajuru foi enfático e incisivo na condenação aos terroristas. Não deixou margem a dúvidas quanto a sua indignação. Vanderlan Cardoso diminuiu o tom, mas mesmo assim foi firme, classificando o acontecido como “vandalismo”. O terceiro, Wilder Morais, que ainda não tomou posse, saiu pela tangente.
Em duas curtas linhas nas redes sociais, Wilder, a exemplo de Vanderlan, também condenou a “vandalização” dos prédios públicos e repetiu o ex-presidente Jair Bolsonaro ao se declarar genericamente a favor de “manifestações pacíficas”. Em seguida, derrapou: “A apuração dos atos deve ser justa, inclusive para encontrar os infiltrados”, escreveu.
Infiltrados? O novo senador por Goiás mostra viver em um reino da fantasia. O pior para ele: a tentativa de abrandar a gravidade do que houve não adiantou. Dezenas e dezenas de comentários postados por fanáticos bolsonaristas sentam a pua em Wilder. Prometem nunca mais votar nele, o definem como “frouxo” e lembram que os votos que o elegeram não foram para ele e, sim, para Bolsonaro.
É isso que as goianas e os goianos terão no Senado nos próximos anos.