Como a chegada da DHL vai levar o PIB de Aparecida a ultrapassar o de Anápolis

Pelos números de 2020 do IBGE, o PIB de Anápolis é de R$ 15,3 bilhões, enquanto o de Aparecida ronda próximo, com R$ 14,9 bilhões.
Anápolis está em 2º lugar e Aparecida em 3º. Na 1ª posição, Goiânia, com um PIB de R$ 51,9 bilhões. Lembrando: esses números são de 2020, quando se deu a última apuração, normal no caso da aferição de um valor representativo de toda a produção de bens e serviços de um município goiano.
Mas esses dados revelam um significado adicional: Aparecida está na cola de Anápolis, milímetros atrás ou por uma diferença de apenas R$ 400 milhões. Em torno de 1%, tornando-se fácil prever que qualquer movimentação na economia de uma ou outra cidade pode alterar a classificação.
Pois bem: isso acaba de acontecer. A maior operadora logística do mundo, a alemã DHL, que funcionava no DAIA, em Anápolis, transferiu-se para Aparecida no mês passado, março. Inicialmente, 200 trabalhadores e uma instalação de 12 mil m², com investimentos previstos de mais R$ 800 milhões para ampliação até 2025. A cerimônia de inauguração da DHL contou com a presença até do governador Ronaldo Caiado, pela importância.
As consequências para Aparecida são monumentais. Sozinha, a DHL dispõe de capacidade para acrescentar os R$ 400 milhões necessários para ultrapassar Anápolis. Esta, ao perder a multinacional, não tem como fugir a uma inevitável e expressiva redução do seu potencial produtivo.
Com a circulação de riquezas crescendo em Aparecida e diminuindo em Anápolis, fica fácil antecipar o que vem aí, a curto prazo: Aparecida em 2º lugar e Anápolis, a antiga “Manchester” goiana, empurrada para a 3ª posição no ranking dos PIB municipais do Estado.