A utopia de Vilmarzim: US$ 120 milhões de dólares do banco da Dilma para salvar a gestão
Desde 2020, quando Gustavo Mendanha ainda estava no poder, a prefeitura de Aparecida sonha com um empréstimo internacional milionário de US$ 120 milhões de dólares para tentar resolver, ainda que parcialmente, o acúmulo de demandas quanto a obras de asfalto, drenagem e outras deficiências da precária infraestrutura urbana da segunda maior cidade do Estado.
A receita do município é superior a R$ 2 bilhões de reais anuais. Deveria bastar, por exemplo, para pavimentar todas as ruas ainda na terra e na lama (2 a 30% % do total, até agora), promessa não cumprida de todos os prefeitos anteriores, enquanto o dinheiro escapa pelos ralos da politicagem. É um déficit gravíssimo, diante do fato de que o asfalto é um dos benefícios civilizatórios mais cruciais para a população, hoje em dia.
Pois bem: de onde viriam esses milagrosos US$ 120 milhões. Pasmem, leitoras e leitoras: do NBD ou Novo Banco de Desenvolvimento, instituição criada pelo grupo de países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Sim, aquela que acaba de dar posse à ex-presidente Dilma Rousseff como sua nova presidente, com um salário de R$ 290 mil mensais.
O NBD existe no papel, mas nunca fez empréstimos significativos para qualquer país ou a qualquer título, em parte alguma. No Brasil, até hoje, foram apenas nove. O banco tem problemas sérios de governança. De repente, graças ao conhecido “dinamismo” de Dilma, pode começar a operar e mandar os recursos para Vilmar Mariano aplicar em Aparecida. Para ter fé nessa reviravolta, porém, é preciso acreditar também em saci-pererê, mula sem cabeça e boitatá.
O empréstimo esperado por Vilmarzim, assim, não passa de fumaça no ar. Na ausência de algo concreto, o tempo da sua administração segue inexoravelmente se esgotando. Não há uma marca, uma identidade ou uma realização, por menor que seja, para apresentar. A não ser que venham os dólares da Dilma.