Aniversário de Aparecida: bolo de 101 metros é demagogia envelhecida
Para marcar o 101º aniversário de fundação de Aparecida, o prefeito Vilmar Mariano ofereceu para a população um bolo de 101 metros. Não é uma ideia original dele, antes uma prática da maioria dos seus antecessores. Quem inventou essa “comemoração”, digamos assim, foi Iris Rezende, no início da década de 60, quando desenvolvia seu primeiro mandato como prefeito de Goiânia e quis fazer algo diferente para impressionar com a inauguração da extensão duplicada da avenida Anhanguera, até então finalizada no cruzamento com a 24 de outubro.
Iris chamou a atenção do país ao providenciar um bolo comemorativo que teria a extensão do trecho estendido. Era exagero. Mas, pelo sim, pelo não, foi a primeira vez em que se viu algo parecido pelo Brasil afora. Daí em diante, virou evento rotineiro, não só em Goiás. Na verdade, com um quê de demagogia. Pão e circo em vez em vez de obras e soluções efetivas para a sociedade (com a ressalva positiva de que Iris, no passado, estava entregando junto com o bolo uma obra revolucionária para a Goiânia da época).
Vilmarzim, nos 101 anos de Aparecida, não tinha mais nada. Ficou nas fatias devoradas por quem teve disposição para assistir o desfile cívico-militar, única iniciativa a marcar o transcurso da data. Não houve nenhum benefício real para as aparecidenses e os aparecidenses. Um fiasco a mais para a gestão do prefeito.