A partir do estudo do caso do ex-governador Marconi Perillo, tese de mestrado aprovada pela UFG demonstra que políticos usam mal as redes sociais, só passando informações e não interagindo ou dialogando com os seguidores
Dois professores altamente titulados da UFG – Eva Márcia Arantes Ostrosky Ribeiro e Tiago Mainieri – fizeram, a título de tese de mestrado, um estudo sobre a utilização de mídias sociais pelos políticos em Goiás, buscando avaliar a eficácia dessas ferramentas em termos de comunicação pública.
Eles se basearam na apreciação do caso do ex-governador Marconi Perillo, a partir principalmente do seu perfil no Twitter. Entrevistaram o próprio Marconi e sua equipe de redes sociais, além de efetuar um profundo exame dos números da audiência e do conteúdo encontrado nos perfis analisados.
Suas conclusões não podem ser consideradas boas para o ex-chefão do Estado. Apesar de considerar a equipe que cuidava das redes bem preparada, os professores entenderam que as redes do então “governador Marconi Perillo são apenas um espaço voltado à transmissão diária de informações sobre as realizações governamentais, portanto, afastadas do ideal de ser uma ferramenta para estabelecer uma interação realmente pública com os seguidores”.
Eles afirmam que as redes de Marconi não apontaram “para uma comunicação mais próxima com o cidadão, sem possibilitar uma comunicação essencialmente dialógica e com espaço para debater assuntos de relevância pública, como sugerem diferentes autores”.