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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

03 jun

As novas oligarquias: Marconi, Iris e Maguito, seus parentes e amigos na política e no governo. A história deu a volta e, hoje, Caiado é quem menos é oligarca

Há 36 anos – 16 de PMDB e 20 de PSDB – que o governo do Estado está nas mãos de muito poucos, com dois grupos apenas, o de Iris Rezende e o de Marconi Perillo. Quem era acusado, antes, de ser oligarca – Ronaldo Caiado –, agora é quem pode matar as oligarquias em Goiás. Caiado lidera as pesquisas e pode ser o próximo governador.

 

Se antes requeria-se o concurso de um século para fundar uma oligarquia, hoje, na velocidade dos tempos modernos, demandam-se anos apenas. O coronelismo renasceu.

 

Renasceu com Iris Rezende e Marconi Perillo, além de Maguito Vilela. A era irista dos mesmos de sempre ainda não terminou, estendida pelos mandatos na prefeitura de Goiânia. Pós Iris, o peemedebismo produziu Maguito Vilela e sua parentada na política, hoje com foco no filho Daniel Vilela, que ele metamorfoseou em vereador, deputado estadual e federal e agora quer eleger nada mais nada menos que governador. Marconi veio em 1998 como um jovem impetuoso, que não carregava familiares e camaradas nas costas. Não resistiu e acabou ao longo do tempo montando um plantel de vacas sagradas polivalentes que monopolizou os postos mais importantes do Estado nas últimas duas décadas. Exemplo: Leonardo Vilela, secretário da Agricultura, Planejamento, Meio Ambiente e Saúde. Isso é oligarquia, na exata definição da palavra.

 

Caiado não tem mais nada de oligarca, só o sobrenome nostálgico. As novas oligarquias em Goiás são Marconi, Iris e Maguito.