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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

08 jun

Mesmo com a volta de Marconi, base governista continua articulando menos que a oposição e pode ser atropelada por um acordo entre Caiado, o PP e o PDT

A base governista em Goiás continua imobilizada diante das articulações da oposição: tanto Ronaldo Caiado quanto Daniel Vilela mostram muito mais capacidade de movimentação e de diálogo para a formação de alianças com vistas às próximas eleições.

 

Daniel Vilela está em conversações avançadas para ter o PP na sua coligação e, por enquanto, conta com as boas intenções do presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira, que chegou a declarar publicamente que prefere o partido marchando ao lado do MDB em Goiás. Seria um golpe capaz de abalar profundamente o edifício governista.

 

Mas isso pode ficar para trás. Segundo a Folha de S. Paulo, o PP estuda um acordo nacional com o PDT, para apoiar a candidatura de Ciro Gomes. Isso beneficiaria Caiado, que poderia vir a contar com ambos os partidos para sustentar a sua candidatura a governador. Em Brasília, ele conversa ativamente com pepistas e pedetistas e mostra-se disposto a incluir na sua chapa um representante do ministro Alexandre Baldy (PP) e a atual deputada federal Flávia Morais (PDT). Há quem veja nessa composição a pá de cal para enterrar em definitivo a candidatura do governador Zé Eliton.

 

Nem mesmo a volta de Marconi Perillo da sua misteriosa viagem ao exterior conseguiu, por enquanto, sinalizar algum tipo de reação para o esfrangalhamento iminente da base governista.