3ª pesquisa Serpes/O Popular: Vanderlan e Maguito oscilam dentro da margem de erro, mas o cenário continua o mesmo, com vitória para o candidato do PSD, inclusive na simulação de 2º turno

Saiu a 3ª rodada da pesquisa Serpes/O Popular(print acima), o mais abalizado levantamento de intenções de votos disponível em eleições em Goiás, rotineiramente usado como padrão e referência pelo universo envolvido com as campanhas e pelo público em geral. O candidato do PSD Vanderlan Cardoso segue na liderança, com 24,5%, tendo oscilado negativamente 2,3 pontos (estava com 26,3%) dentro da margem de erro, que é de 4 pontos para mais ou para menos. Da mesma forma, o candidato do MDB pontuou 21,5%, um acréscimo de 4,2 pontos, praticamente também dentro da margem de erro, já que tinha 17,3% na pesquisa passada. Tudo isso, pelo menos teoricamente, sugere um empate técnico entre ambos.
Os demais índices de importância seguem como estavam: Maguito e Adriana Accorsi, do PT, são os mais rejeitados, bem à frente dos demais candidatos. E, o mais decisivo, Vanderlan confirmou sua vantagem na simulação de 2º turno, quando venceria Maguito com quase 10 pontos de dianteira. Para o comitê coordenador da campanha do MDB, não há dúvidas de que a pesquisa é um balde de água fria na cabeça, já que se esperava uma virada, segundo eles, indicada por institutos próximos do emedebismo, como o Ibope, o Diagnóstico e o Fortiori, que vinham colocando Maguito em 1º lugar com margem expressiva sobre Vanderlan.
O chamado “efeito facada” buscado pelo marketing de Maguito, isto é, a tentativa de capitalizar politicamente o martírio do candidato depois de atacado pelo novo coronavírus e hoje intubado em um hospital de primeira linha em São Paulo, parece não ter acontecido, já que os dados levantados em campo pelo Serpes o foram na quarta e na quinta últimas, quando Maguito já havia sido transferido via UTI aérea para a capital paulista e não mostraram a tal “virada”. Efeito facada é a reprodução da situação que beneficiou eleitoralmente o então candidato Jair Bolsonaro, em 2018, depois de ser ferido em Juiz de Fora e praticamente chegar ao dia da votação sob intensos cuidados médicos e risco de vida, o que provavelmente ajudou na sua eleição até mesmo pela intensa e maior exposição que ganhou em todos os canais de mídia. É fato que, sim, o emedebista mostra uma curva de subida no gráfico das 3 pesquisas publicadas por O Popular, mas, ao contrário das expectativas do MDB, ainda sem alcançar numericamente Vanderlan e, pior ainda, sem mostrar esse mesmo avanço na simulação de 2º turno. Por ora, a Covid-19 não rendeu votos para Maguito.