Rescaldo eleitoral(5): derrotas acachapantes dos Essados, em Inhumas, de Zé Antônio, em Itumbiara, e de Gustavo Sebba, em Catalão, enterra grupos políticos antes tradicionais em Goiás
Três resultados das urnas do último dia 15 de novembro enterraram grupos tradicionais da política municipal em Goiás: em Inhumas, Rogério Essado, filho do ex-deputado por vários mandatos José Essado, ficou em 3º lugar, com pouco mais de 4 mil votos, enquanto o prefeito João Antônio foi reeleito com quase 17 mil votos; em Itumbiara, o que restava da outrora poderosa liderança do ex-deputado e ex-prefeito Zé Gomes, assassinado na campanha de 2016, foi esfarelado com a derrota do seu herdeiro político, o atual prefeito Zé Antônio, que tentou a reeleição e foi humilhado com um 4º lugar e menos da metade da votação do vencedor, Dione da Famóveis, este também com quase 17 mil votos; e em Catalão o deputado estadual Gustavo Sebba, filho do ex-prefeito e ex-presidente da Assembleia Jardel Sebba, amargou um 3º lugar, com 4.869 votos (menos do que teve em 2018 na eleição proporcional), enquanto Adib Elias ganhou com 6 vezes mais ou 28.984 votos.
É difícil, senão impossível, reerguer-se depois de desastres eleitorais de tamanha monta. Essados, Zé Antônio e Sebbas com certeza concorrerão a mandatos legislativos em 2022, porém desde já com perspectivas as piores imagináveis. A roda da história girou e eles, em parte por incompetência administrativa quando no poder, caso de Zé Antônio em Itumbiara e de Jardel Sebba (pai de Gustavo) em Catalão, ou então por cansaço da população, que fez de José Essado (pai de Rogério) a vítima em Inhumas, acabaram chegando a um fracasso nas urnas que tende a repercutir com força em pleitos futuros. Ou, então, que aguardem um milagre.