Injustiçado pela campanha suja do MDB, Vanderlan conquistou uma “vitória” política ao ampliar em 70% a sua votação no 2º turno e chegar a uma derrota que engrandece
O candidato do PSD a prefeito de Goiânia Vanderlan Cardoso fez bonito no 2º turno: aumentou a sua votação em 70% em relação ao 1º turno, depois de sofrer, em ambas as rodadas, uma campanha de difamação nas redes sociais, no rádio e na televisão, que inclusive apelou para o recurso de editar falas suas para passar às eleitoras e eleitores que ele falou aquilo que não falou. Perdeu, sim, mas trata-se de uma derrota que engrandece, enquanto, às vezes, acontecem vitórias que amesquinham.
Ninguém fez essa conta ainda, mas é possível que a campanha do MDB tenha gasto mais tempo com ataques do que com propostas, nos dois turnos, o que pode ser ainda mais significativo se calculados os minutos de propaganda eleitoral gratuita, o conteúdo das entrevistas e declarações aos meios de comunicação e os posts nas redes sociais explorando a doença de Maguito através de um esforço insano para transformar qualquer questionamento ou dúvida a respeito em “desumanidade” ou “monstruosidade”. Vanderlan não incorreu em nenhum delito ético, ao contrário da propaganda do adversário, que abusou de trucagens, deturpações e manipulações de toda ordem. Saiu limpo, coisa que os seus oponentes não podem alegar, pois, ao contrário do que disse nesta segunda, 20 de novembro, o filho Daniel Vilela, quem “desrespeitou” o padecimento de Maguito foram ele, Daniel, e os seus companheiros emedebistas, ao partir para uma linha de ofensas e falseamentos que o pai candidato talvez não aprovasse.
Vanderlan manteve o nível. Do outro lado, não se pode dizer o mesmo. O espetacular crescimento no 2º turno, muitas vezes mais que os novos votos em Maguito, é um atestado eloquente (vale o chavão) do acerto da decisão de não retribuir as agressões na mesma moeda e uma prova de que, com algum atraso, o eleitorado reconheceu as injustiças de que foi vítima e o acerto das suas declarações reclamando da farsa montada em torno da iminente melhora do candidato emedebista, que, ninguém é bobo, teve o objetivo assumido de evitar prejuízo para as suas intenções de voto. O representante do PSD é um político novo, com muito futuro pela frente. A campanha ora encerrada com certeza vai para o seu recall positivo e entregará frutos oportunamente à frente.