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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

05 jun

Caiado trabalha duro, em Goiás e fora, pela ampliação dos seus índices nas pesquisas

O governador Ronaldo Caiado continua demonstrando determinação e persistência no seu projeto presidencial, dividindo o seu tempo meio a meio entre a presença obrigatória em Goiás, à frente de ações administrativas da gestão, e um ziguezague pelo Brasil afora, fazendo o proselitismo da pré-candidatura. É um trabalho duro. Um fato salta à vista: a cobertura da imprensa nacional sobre Caiado dobrou de tamanho, possivelmente mais. Até mesmo movimentações de rotina, como a recente entrega de pouco mais de 500 apartamentos populares em Goiânia, têm merecido atenção da mídia situada no eixo São Paulo-Brasília, hoje o núcleo gerador de informação de maior repercussão junto à sociedade.

 

 

Também já começou a veiculação das 22 pílulas de 30 segundos previstas para este junho, em todas as redes de televisão, por conta do horário partidário do UNIÃO BRASIL, com a chance de ocupar como bônus o espaço do PP – já que os dois partidos se uniram em confederação e passaram atuar em comum, conforme previsto pela legislação. O primeiro comercial já foi ao ar, em horário nobre (veja acima), versando, é claro, sobre a marca registrada de Caiado, a segurança, e repetindo o slogan adotado desde o lançamento da pré-candidatura à sucessão de Lula: “Coragem para endireitar o Brasil”. Nesta semana, outro evento importante foi a entrevista ao InfoMoney, um site de notícias econômicas que tem 700 mil inscritos no Youtube. De lambujem, novo vídeo, dessa vez com críticas à soltura do funkeiro acusado de apologia ao crime MC Poze do Rodo, já beira dois milhões de visualizações no Instagram.

 

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Dias de ouro para a candidatura de Caiado ao Palácio do Planalto, portanto. Ele cumpre à risca o acordo celebrado com a cúpula UNIÃO PROGRESSISTA, mediante o qual ganhou tempo e apoio para se viabilizar nas pesquisas, saindo dos atuais 5% para tentar um salto para uma faixa entre 10 e 15% daqui até meados do ano que vem. Parece um teto baixo, mas não é bem assim: como se prevê que a direita terá mais de um pretendente em 2026, esses números seriam suficientes para passar ao segundo turno e enfrentar certamente Lula, o candidato único da esquerda. Nesse momento, contando com o respaldo de todos os demais envolvidos na eleição fora do chamado campo progressista (cada vez menos parecido com isso) e abrindo caminho para uma vitória.

Chama a atenção a naturalidade com que Caiado tem se comunicado, devidamente reconhecido como um dos polos da próxima sucessão presidencial, superando concorrentes como os governadores Ratinho Jr, do Paraná, ou Romeu Zema, de Minas Gerais, ou Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. No caso de Tarcísio de Freitas, de São Paulo, é diferente. Tarcísio, provavelmente, uma vez ingressando no páreo, coisa que se nega a fazer, por ora, tem potencial para deflagrar uma reaglutinação de forças em torno do seu nome, de modo arrasador. Atenção, leitoras e leitores, quem sabe sairá daí uma chapa com Tarcísio na cabeça e o representante de Goiás na vice. Pode ser essa, talvez, a hipótese solitária a levar a um recuo de Caiado. Talvez, talvez.