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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

05 maio

2026 será a hora de um presidente com coragem para desamarrar o Brasil

O governador Ronaldo Caiado está cada vez mais bem situado como pré-candidato a presidente da República em 2026. Esbanja uma biografia limpa, faz um governo bem-sucedido em Goiás, alcançou um êxito inconteste ao implantar a melhor estratégia de segurança e de combate ao crime dentre todos os Estados, ninguém discute que é pessoalmente preparado e conta com farta experiência política. Com tudo isso a favor, é tratado com respeito pela grande mídia e aparece em todas as especulações para a próxima disputa pelo Palácio do Planalto, ainda mais agora que acabou de ganhar um cheque em branco do seu partido para tocar a pré-campanha. Só falta, como se sabe, aumentar o nível de conhecimento do seu nome entre o eleitorado brasileiro: 63%, segundo as pesquisas mais recentes, ainda não sabem quem ele é.

Mas Caiado está enfrentando esse desafio com perseverança. Já ganhou aval do UNIÃO PROGRESSISTA, a federação entre o UNIÃO BRASIL e o PP recentemente formada, uma vitória sem tamanho. Haverá espaço e recursos para que o governador goiano percorra o país em busca de ampliar a sua visibilidade. É uma caminhada que está só começando, há muito pela frente, inclusive tempo à vontade, já que a deadline para mostrar crescimento nas pesquisas foi estendida para o primeiro semestre de 2026. Enquanto isso, surgiu uma nova condicionante para fortalecer a postulação de Caiado: a confluência rara e única de variáveis para se configurar como um presidente da República capaz de promover as reformas de que o país carece, com coragem suficiente para cortar benefícios, reduzir a gastança do governo federal, destravar a legislação trabalhista, colocar um ponto final na corrupção galopante, acabar com o inferno fiscal que atazana o empreendedorismo nacional e, enfim, adotar as medidas impopulares hoje indispensáveis para abrir para o Brasil um ciclo virtuoso de desenvolvimento com distribuição de frutos para todas e todos.

É algo parecido com o que Javier Milei fez na Argentina (e está dando certo, apesar dos arrepios da esquerda). Somente um presidente capaz de pensar nos interesses da nação e não na próxima eleição será capaz de cumprir essa missão, gastando os seus primeiros 15 meses manuseando a motosserra – e Caiado, aos 76 ou 77 anos quando assumir, caso se candidate e caso vença, encarnará todas os fatores para responder ao desafio de contrariar as regras gerais da política das vantagens a curto prazo para os seus protagonistas e fazer o que precisa ser feito pelo Brasil. Depois de governantes de visão miúda como Jair Bolsonaro e Lula, o Brasil está à espera de um estadista e 2026, sim, pode ser a hora de uma liderança capaz de enxergar além do horizonte próximo e com autoridade para avançar na direção da modernização e de uma nova realidade. Pode ser a hora de Caiado.