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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

30 abr

Com Jânio Darrot na presidência, PSDB goiano abre mão de se renovar e se propõe a ser mais do mesmo, continuar na rabeira de Marconi e fugir do debate sobre o futuro de Goiás

Depois de 20 anos como o mais importante partido político de Goiás, o PSDB terminou dando com os burros n’água: tomou uma tunda sem precedentes na última eleição e foi reduzido a pouco mais que pó de traque, mas, com a eleição agora do prefeito de Trindade Jânio Darrot para a sua presidência, mostra que não aprendeu a lição e se propõe a andar para trás, longe de se esforçar pela reconciliação com o eleitorado goiano e menos ainda disposto a qualquer tipo de discussão sobre o futuro de Goiás.

 

Jânio Darrot no comando mostra que o partido preferiu sucumbir ao controle do ex-governador Marconi Perillo e à defesa do seu suposto legado, uma ilusão que, já nas urnas do ano passado, mostrou ser deletéria e catastrófica. Tanto que as entrevistas que ele, Jânio, está dando e os releases que distribui apenas repetem mantras superados do falecido Tempo Novo, como a afirmação de que “Marconi revolucionou Goiás com as suas obras”, “Marconi fez o melhor governo da história”, “Marconi é o maior político da história de Goiás, “O PSDB tem uma história bonita” e outras bobagens que não dizem nada aos goianos que observam o governo de Ronaldo Caiado e se preocupam com os temas que ele, Caiado, coloca na mídia como consequência da nova realidade que ele representa para o Estado.

 

É simples: com Jânio Darrot, os tucanos fogem do debate que realmente interessa e que passa pelas propostas para o futuro de Goiás, assunto sobre o qual, depois de 20 anos de poder, até teriam credencial para dar palpites. Em vez disso, a escolha é puramente o culto à personalidade Marconi e a celebração do passado.