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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

20 maio

Antes de abandonar a base governista e se filiar ao DEM, Iso Moreira teve conversa sigilosa com Marconi e ouviu que, se Zé Eliton não deslanchar, candidato pode ser Otavinho Lage

O blog apurou uma conversa sigilosa, na fazenda de Pirenópolis, entre o deputado estadual Iso Moreira e o ex-governador Marconi Perillo, alguns dias antes da filiação de Iso ao DEM e sua adesão à candidatura de Ronaldo Caiado.

 

Depois de ouvir as reclamações do deputado sobre a interferência do governador Zé Eliton nas suas bases eleitorais (com o lançamento de um candidato à Assembleia ligado ao pai de Zé Eliton), no nordeste goiano, Marconi lamentou a situação, disse que nunca fez esse tipo de ingerência nefasta para manipular colégios eleitorais dos parlamentares e pediu um prazo para tentar resolver a questão – obtendo de Iso o compromisso de que ele poderia até sair do PSDB, mas permaneceria na base, ou no PSD ou no PR.

 

Marconi assegurou ainda que Zé Eliton tinha até 60 dias antes da eleição para viabilizar a sua candidatura, caso contrário estaria no gatilho a candidatura de Otavinho Lage (cogitou também o nome de Jalles Fontoura, irmão de Otavinho, que, na época, ainda poderia de desincompatibilizar da Saneago). O ex-governador lembrou o fiasco da candidatura de Roberto Balestra, em 1998, e o sucesso do fato novo da sua própria candidatura, a pouco mais de 60 dias da eleição.

 

Iso foi embora determinado a aguardar o retorno de Marconi e a permanecer na base, embora não no PSDB. Passaram-se os dias e nada. Marconi não deu sinal de vida. O deputado decidiu-se: filiou-se ao DEM, passou a trabalhar intensamente pela candidatura de Ronaldo Caiado e, para senador, sentiu-se desobrigado do compromisso de apoiar Marconi para o Senado.