Falta de reação de Zé Eliton incomoda a base governista, sem solução à vista para briga entre Lúcia e Demóstenes, divisão dentro do PSD, saída do PP, insatisfação dos deputados do PSDB e pesquisas negativas

O momento é de insegurança dentro da base governista em Goiás. Há queixas contra a falta de reação do governador Zé Eliton diante de desafios preocupantes que colocam em risco a preservação dos interesses do PSDB na próxima eleição:
1 – A disputa entre Lúcia Vânia e Demóstenes Torres pela 2ª vaga ao Senado. Quem perder deve deixar a base governista e levar para os adversários um partido importante, com tempo de televisão expressivo (Lúcia, o PSB e Demóstenes, o PTB).
2 – A divisão dentro do PSD: quatro deputados da sigla (Thiago Peixoto, Lucas Calil, Simeyzon Silveira e Francisco Jr.) querem apoiar Zé Eliton, mas o presidente Vilmar Rocha está conversando até com Ronaldo Caiado e insiste em críticas duras ao atual governador.
3 – A saída do PP, partido que sempre esteve na base governista e está com o pé na candidatura de Daniel Vilela. O presidente nacional, Ciro Nogueira, já avisou que a preferência dos pepistas, em Goiás, é a aliança com o MDB. Mais tempo de televisão que a candidatura de Zé Eliton perde
4 – A chapa governista de deputados estaduais em crise com a recusa dos partidos em formar um “chapão” com o PSDB, o que facilitaria a vida dos candidatos tucanos – hoje insatisfeitos com a falta de intervenção do governo na questão.
5 – Para complicar ainda mais esse quadro, Zé Eliton não consegue subir nas pesquisas. E, a quatro meses da eleição, recusa-se a fazer política, dedica-se à administração e repete que tão cedo não se envolverá em articulações eleitorais.