Candidatura de Zé Eliton contabiliza mais perdas que ganhos em matéria de apoios, está travada nas pesquisas e ainda não conseguiu provar para a base governista que tem chances
É trabalho de Hércules vencer uma eleição majoritária, em qualquer parte do mundo, contabilizando mais perdas que ganhos em matéria de apoios e sem que uma boa performance nas pesquisas convença os aliados de que a candidatura é viável e tem chances de vencer.
O caso do governador Zé Eliton, nesse sentido, é emblemático: desde o começo do ano que ele vem perdendo apoios, primeiro de deputados na Assembleia (Iso Moreira e Álvaro Guimarães), depois de dirigentes partidários (Vilmar Rocha, do PSD), em seguida mais deputados (Lincoln Tejota) e mais partidos (o PROS) e outros que estão abertamente em conversações para fechar acordos com outras siglas, caso do PP, PSD, PRB e PR, que até hoje não definiram apoio ao candidato tucano e admitem saltar para fora da base governista para as próximas eleições – o que, só de ser cogitado, já causa um estrago enorme.
Além dessas perdas, Zé Eliton não acrescentou um único nome novo ou partido para respaldar a sua postulação. E para completar, tomou decisões desastradas, como a recusa a se posicionar como candidato, preferindo assumir o governo há 100 dias atrás e se postar… exclusivamente como governador ou, mais sem sentido ainda, como estadista.
O resultado é que não deslanchou nas pesquisas. E, se não apresenta índices melhores a cada dia, não cria expectativa de poder e não motiva o exército de partidos e políticos que há 20 anos ganha eleições em Goiás, mas hoje está mergulhado na inércia.
Em vez de construir uma vitória, Zé Eliton está fabricando uma derrota e não tem nenhum motivo para rir: se perder, ele vai ser crucificado como o coveiro do Tempo Novo.