Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

25 jul

Densidade eleitoral real da chapa de Caiado resume-se a ele próprio e a uma incógnita chamada Kajuru, que tem mais chances de dar errado que certo. É fardo pesado para o democrata carregar

A chapa montada por Ronaldo Caiado tem como grande mérito a sua própria figura, de densidade eleitoral indiscutível – tanto que é seu o 1º lugar na pesquisas, em média 30 pontos à frente dos demais concorrentes.

 

Mas é só Caiado que tem essa condição positiva e, por isso, o resto da chapa pode se transformar em um fardo pesado demais para o candidato democrata carregar nas costas. E nesse caso as leis da física valem também para a política: todo peso puxa para baixo. Ou para o fundo.

 

Caiado está praticamente sozinho, arrastando carretões como Wilder Morais e Lincoln Tejota, que nunca disputaram eleições majoritárias e não são conhecidos do eleitor. Pior: não são líderes com características marcantes, pensamento atraente ou discurso elaborado.

 

Resta Jorge Kajuru, que em algumas pesquisas aparece empatado tecnicamente em 1º lugar para o Senado com Marconi Perillo e Lúcia Vânia. Isso significa densidade eleitoral, é verdade. Mas há condicionantes. Kajuru é uma incógnita. Não se sabe se o seu prestígio nas redes sociais será transferido para as urnas. Não se sabe se os eleitores vão colocar em uma casa legislativa de alto coturno como o Senado – lugar de políticos amadurecidos e experientes – um candidato que se autodefine como”louco” e se vale de uma verborragia delirante, passando uma imagem de total descompromisso com a sociedade.

 

O risco é grande para Caiado.