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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

28 jul

Choque de realidade: governo recebe pacote de pesquisas quanti e quali, mostrando Zé Eliton empacado com 10% depois de mais de 100 dias como governador e rejeitado como continuidade de Marconi

As famosas “pesquisas internas” trouxeram más notícias para o governador Zé Eliton, ao repetir o resultado do último levantamento Grupom/Diário da Manhã (empate com Daniel Vilela em 2º lugar, com 10% das intenções de voto cada um) e ao confirmar, no aspecto qualitativo, que o eleitor rejeita qualquer proposta de continuidade de Marconi Perillo no próximo pleito.

 

A estratégia de Zé Eliton, ao assumir o governo, foi a de evitar se posicionar como candidato e procurar ganhar visibilidade e conhecimento apresentando-se como um estadista preocupado com o bem dos goianos e com o futuro de Goiás, totalmente concentrado na rotina administrativa da gestão estadual. A política ficaria para depois.

 

Conclui-se agora que se tratou de um erro gravíssimo, que implicou no desperdício de praticamente quatro meses que poderiam ter sido dedicados à campanha. O mero rame-rame do dia a dia do governo, em que o governador se empenhou de corpo e alma, pode dar até alguma vitrine, mas não rende pontos nas pesquisas. Audiências, reuniões, eventos, inaugurações no interior – nada disso  alavanca uma candidatura, como ficou provado agora pelas últimas pesquisas.

 

Dentro da base governista, o bordão sempre foi o de que Zé Eliton não lideraria as pesquisas porque ainda não seria conhecido. Mas ser conhecido não implica necessariamente em preferência do eleitor, como se vê. Agora, a 70 dias da data da eleição, os 100 dias jogados fora estão fazendo falta.