Nesta semana, Zé Eliton completa 4 meses de governo – período que foi desperdiçado em rotina administrativa e, pior, como mera continuidade de Marconi, sem conseguir caracterizar qualquer mudança
Nesta semana, Zé Eliton contabiliza quatro meses como governador, tempo precioso que foi desperdiçado em rotina administrativa, evitando-se atividades políticas e campanha, e, pior ainda, consolidando-se como mera continuidade dos governos de Marconi Perillo.
No seu discurso de posse, em 7 de abril último, Zé Eliton pronunciou três vezes a frase: “Eu sou a mudança”. Como o eleitor não é bobo, já deve ter percebido que mudança foi algo que não houve nesses quatro meses de mandato-tampão e que eleger o atual governador seria dar mais quatro anos para Marconi – algo que provavelmente deve pesar negativamente na próxima eleição, depois de 20 anos de poder nas mãos de um único grupo político.
A imagem pessoal de Zé Eliton, assim, continua excessivamente atrelada e dependente de Marconi, como segundinho, sombra, pau mandado, um político sem personalidade própria (expressões que tirei de uma avaliação qualitativa), que sempre vai fazer o que o chefe mandar – como no caso da desgastante nomeação do cunhado Sérgio Cardoso para o TCM, primeiro ato do governo-tampão.
O leitor não deve ter dúvidas: A visão que se forma nesse momento é de que, depois de quatro meses com Zé Eliton, nada mudou. E daí nada mudaria em quatro anos, se ele ganhasse a eleição. Soma-se a isso, pontualmente, a indução à lembrança de que foi secretario de Segurança e as coisas não melhoraram. Se não deu conta de uma secretaria, como daria conta do governo?
O custo político e eleitoral desses quatro meses como governador é tão alto para Zé Eliton que está irremediavelmente comprometendo as suas possibilidades no próximo pleito.