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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

31 jul

Campanha governista tenta reagir com “coordenadores” marconistas, fala em “fatos positivos” que ainda não apareceram e programa eventos, mas ainda falta o essencial: um candidato

O governador Zé Eliton dá sinais de que começa a sair do marasmo, depois de desperdiçar quatro meses de visibilidade como titular do cargo e nenhuma reação nas pesquisas.

 

Nos últimos dias, foram anunciados nomes ligados ao ex-governador Marconi Perillo como “coordenadores” para tentar salvar a campanha, notinhas nos jornais insinuam que “fatos positivos” vêm aí (embora não se diga quais, mas provavelmente relacionados com a adesão de partidos) e pela primeira vez pelo menos se esboça uma agenda de eventos.

 

Isso a 68 dias da data do pleito, prazo que Zé Eliton tem para tentar reverter uma situação extremamente desfavorável, em que ele se encontra estagnado com 10% das intenções de votos e um constrangedor empate com Daniel Vilela, que não tem uma fração da estrutura representada pela máquina governista, em 2º lugar.

 

Ocorre que essas providências comandadas pelo candidato tucano podem até ter a ver com organização de campanha, mas nada significam em termos de estratégia eleitoral. Pelo menos por enquanto, Zé Eliton continua o mesmo que não deslanchou nas pesquisas: é continuidade de Marconi Perillo e de 20 anos de poder, segue usando um linguajar empolado que ninguém entende, não consegue se afirmar como um líder de identidade própria e dá a impressão de que quer se impor pela força do cargo que ocupa e não pela aceitação voluntária do eleitorado.

 

Ou seja: a base governista segue sem o que mais precisa: um candidato.