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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

05 ago

Decisão de levar o PP para o MDB e atender à orientação de Brasília foi tomada por Baldy para preservar o seu futuro político, seguindo tranquilo no Ministério das Cidades e com o futuro garantido

Para levar o PP para a aliança com o MDB, o deputado federal e ministro das Cidades Alexandre Baldy(foto acima, sorridente e vitorioso na convenção deste domingo do PP) foi simplesmente pragmático: ele procurou preservar o seu futuro político, mantendo-se forte na equipe ministerial e com perspectivas de ser aproveitado na próxima gestão, caso vença o ex-governador Geraldo Alckmin ou algum candidato de centro.

 

Baldy evitou confrontar-se com o presidente Michel Temer e com a cúpula do MDB, que recomendaram a ele expressamente o apoio à candidatura de Daniel Vilela. Além disso, contou pontos também a posição do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, que também defendeu com força a aliança com os emedebistas goianos.

 

O ministro  trabalha para ocupar o possível vazio que se abriria na base governista se Zé Eliton for derrotado e, melhor ainda, se Marconi Perillo também perder a eleição para o Senado. Mas ele avaliou que, desde já, a defecção do PP implicaria no mais forte golpe recebido pelo grupo tucano que comandou a política de Goiás nos últimos 20 anos, possivelmente fator indutor para o seu esfrangalhamento em definitivo e criação de oportunidades únicas para a renovação do processo de poder no Estado.

 

E ninguém em melhor situação do que ele para aproveitar esse vácuo.