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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

05 ago

Longe do ideal: defecção do PP obriga Zé Eliton a aceitar Raquel Teixeira na vaga de vice, tornando a chapa governista quase que puro-sangue e não aglutinadora por contar com 3 nomes do PSDB

A defecção do PP obrigou o governador Zé Eliton a aceitar a professora e ex-secretária da Educação Raquel Teixeira como candidata a vice, tornando a chapa governista quase que puro-sangue por contar com 3 nomes do PSDB e apenas um de fora – Lúcia Vânia, do PSB, que, no entanto, tem o mesmo DNA. Outros dos poucos partidos que restaram na coligação situacionista, como o PTB e o PR, não se interessaram em fazer nenhuma indicação para a vaga.

 

Em termos de estratégia eleitoral, isso é ruim. Mas Marconi Perillo, desde o início, queria Raquel Teixeira vice, por considerá-la nome de estrita confiança para a hipótese de que Zé Eliton, ganhando a eleição, venha a passar por uma imprevisibilidade, correndo o risco de entregar o legado de de 20 anos do Tempo Novo a alguém incapacitado ou desinteressado na sua preservação. O ex-governador é suspeito de fazer corpo mole quanto aos esforços para manter o PP na aliança liderada pelo PSDB, garantindo as condições e o espaço necessário para justificar a escolha da professora sua preferida para a vaga.

 

A chapa de Zé Eliton, portanto, não é aglutinadora, não foi discutida e aprovada pela integralidade da base aliada e não agrega novos valores, contribuindo para fragilizar a campanha e reduzindo as suas perspectivas de poder.