Fortalecimento de Daniel Vilela, com a aliança do MDB com PP, PRB e PHS, traz risco muito elevado para Zé Eliton, agora candidato a ser o 2º governador da história do país a ficar fora de um 2º turno
Ninguém perdeu mais com o fortalecimento da candidatura de Daniel Vilela a governador que o representante da antiga base aliada, agora reduzida à metade do seu tamanho original, Zé Eliton.
Daniel Vilela transformou-se em fator de risco elevado para o candidato tucano, com quem está empatado em 2º lugar nas pesquisas, mesmo não dispondo de uma fração das vantagens embutidas no controle da máquina de governo, totalmente voltada para a promoção chapa liderada pelo PSDB.
Daniel é jovem, tem a cara que Marconi Perillo tinha em 1998 e é um nome de renovação total, mesmo integrando um partido tradicional e sendo filho de quem é – detalhes que podem até melhorar a sua posição, ao evidenciar que ele conseguiu o controle de estruturas políticas e partidárias consagradas e portanto difíceis de conquistar.
Zé Eliton, ao contrário, mesmo relativamente jovem (10 anos a mais que Daniel) tem pegada de velho, está atado a um projeto de continuidade que já dura 20 anos e exibe ostensiva fadiga de material. É mais do mesmo. E, para variar, não consegue se comunicar com o eleitor, andando sempre de terno, usando uma retórica empolada e agora forçado pelos seus magos do marketing a carregar no rosto um sorriso artificial. Em quatro meses como governador titular, foi tão apagado que não conseguiu transformar a visibilidade extrema que ganhou em pontos nas pesquisas.
Ele é candidato… a passar para posteridade como o 2º governador da história a não conseguir se classificar para um eventual 2º turno. O 1º foi Agnelo Queiroz, em Brasília.