Zé Eliton disse que não perseguiria funcionários ligados aos partidos que abandonaram a base governista, mas volta atrás e começa processo de demissões em massa que só traz desgastes
O governador Zé Eliton caiu na armadilha sem querer estendida pelo PP e demais partidos que abandonaram a base governista, como o PDT e o PRB.
Depois de dizer que não, não demitiria ninguém, ele voltou atrás e deflagrou um processo de dispensa de auxiliares do governo ligados a essas legendas rebeldes, segundo informa O Popular em sua edição desta quinta-feira. O jornal conferiu o Diário Oficial do Estado e constatou que as exonerações estão ocorrendo em massa. Uma irmã da deputada federal Flávia Morais foi destituída da Secretaria de Planejamento. E 17 comissionados indicados por deputados do PP foram colocados na rua.
É uma prática ruim, que só depõe contra quem assina os decretos – no caso, o próprio governador, que se apequena. Por um lado, mostra que, antes, essas pessoas foram nomeadas por indicação política e não por critérios técnicos ou de qualificação profissional. Por outro, pendura em Zé Eliton uma moldura de perseguidor implacável movido por interesses rasteiros e vinganças pessoais, nada parecido com o “estadista” que ele sempre quis ser, isso às vésperas da eleição. A “política do bem” deixa de existir.
Pior que, pelo volume de comissionados indicados por todos os partidos que estavam na base do Palácio das Esmeraldas, a “limpeza” a ser feita será grande: as demissões para atingir as agremiações que debandaram não vão parar e continuarão provocando polêmicas negativas para o candidato tucano.