Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

12 ago

Comunicação palaciana perdeu o rumo e acha que profissionalizar a campanha governista é montar uma central de ataques caluniosos a Caiado, por um lado, e multiplicar elogios vazios a Zé Eliton, por outro

A anunciada e cantada em prosa e verso “profissionalização” da comunicação da campanha do governador Zé Eliton não passa de um disfarce para a intensificação dos ataques a qualquer preço disparados contra Ronaldo Caiado, o candidato que lidera as pesquisas até o momento.

 

Curiosamente, Daniel Vilela – este, sim, a verdadeira ameaça a Zé Eliton, com quem se encontra empatado tecnicamente em 2º lugar – segue ignorado pelos estrategistas da central de calúnias montada à sombra do Palácio das Esmeraldas.

 

Além da preocupação obsessiva com Caiado, a outra vertente da comunicação palaciana é a multiplicação do elogio fácil ao governador, que, em vez de ser apresentado no contexto das suas qualidades reais – e ele as tem –, é mostrado como um político dotado de predicados que nem Churchill ou Gandhi jamais tiveram.

 

Nunca, nem nos melhores momentos de Marconi Perillo, um governador-candidato contou com tantos jornalistas, marqueteiros e comunicólogos como Zé Eliton. São dezenas e dezenas. Mas, em comum, um erro fatal de visão do processo político e das próximas eleições: eles parecem acreditar na supremacia individual do candidato tucano, que, de tão prendado, vai fazer o favor de receber os votos do eleitorado, em pagamento por tudo de bom que Marconi fez por Goiás e pelo que de melhor ainda ele, Zé Eliton, haverá de fazer. E, enquanto isso, tentar de tudo para enlamear Caiado, o líder das pesquisas – abrindo mão da discussão inteligente e racional sobre o que cada um tem a oferecer para o futuro de Goiás e dos goianos.

 

O jornalista Helvécio Cardoso escreveu por diversas vezes, neste blog, que o homem de Posse não é um líder, mas, antes, uma interposta pessoa, primeiro de Ronaldo Caiado, que o tirou do anonimato para indicá-lo como vice de Marconi em 2010, depois do próprio Marconi, que agora o nomeou como seu poste tardio. Se fosse (líder), não permitiria jamais o jogo sujo dos seus milicianos da comunicação, no qual só ele tem a perder.