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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

12 ago

Marconi e Zé Eliton acharam que a grandiosidade cinematográfica da convenção do PSDB supriria as defecções dos 5 partidos aliados, causaria impacto e levaria a uma alta nas pesquisas. Não funcionou

 

O governador Zé Eliton e o ex Marconi Perillo apostaram pesado nos supostos resultados positivos que seriam gerados pela grandiosidade cinematográfica da convenção do PSDB, no domingo, 5, trazendo uma compensação para a má notícia das defecções do PP, PDT, PRB, PROS e PHS e levando inevitavelmente a uma alta nas pesquisas.

 

Não funcionou. Ronaldo Caiado e Daniel Vilela, que promoveram convenções modestíssimas perto do espetáculo patrocinado pelos tucanos, mas foram beneficiários da debandada dos partidos, é que acabaram crescendo (Caiado 1,8 e Daniel 3 pontos), conforme mostrou o levantamento Serpes/O Popular publicado neste domingo, o primeiro após a definição das chapas majoritárias. Zé Eliton ficou na mesma, caindo 0,1 décimo de ponto.

 

Em declarações e discursos, Zé Eliton e Marconi expressaram confiança nos efeitos do show pirotécnico montado no ginásio Goiânia Arena – considerado de padrão americano e talvez a maior e mais ostentosa convenção partidária jamais realizada no país. E é aí que está a polêmica: o exagero, a suntuosidade, o evidentemente elevado investimento financeiro podem ter produzido uma impressão exatamente contrária e levado a uma desaprovação do eleitorado. O luxo passou da conta.