Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

12 ago

Serpes/O Popular mostra que estratégia de Zé Eliton está toda errada, que ele não polariza com Caiado e que o seu verdadeiro adversário é Daniel Vilela, que pode tirá-lo do 2º turno, se houver

Assim que passou o domingo das convenções, o governador Zé Eliton deu uma entrevista a emissoras de rádio, no Palácio das Esmeraldas, e todo convencido afirmou que a sua candidatura estava polarizada com a de Ronaldo Caiado.

 

Ledo engano. A pesquisa Serpes/O Popular, neste domingo, mostra que, se existe alguma polarização, é de Zé Eliton com Daniel Vilela. Os dois estão empatados em 2º lugar, na faixa dos 10% das intenções de votos e, o que é mais grave, com o emedebista crescendo e o tucano diminuindo a sua pontuação, pelo que se viu no relatório do Serpes.

 

Caiado está léguas à frente dos dois, cerca de 30 pontos percentuais, ou, se isso for convertido em votos, em torno de 1.000.000 de sufrágios a mais. É muita coisa. O democrata, por enquanto, ganha com folga no 1º turno, já que o seu índice corresponde a 62,09% dos votos nominais válidos. Está sozinho e isolado no 1º lugar e não polariza com ninguém, muito menos com Zé Eliton – este tem como seu verdadeiro adversário Daniel Vilela, que é quem pode expulsá-lo de um eventual 2º turno, se houver.

 

A comunicação da campanha de Zé Eliton nem se lembra da existência de Daniel Vilela e se concentra 100% no ataque a Caiado. Errado. Além de nem sequer arranhar a liderança do candidato democrata, desperdiça seus esforços ao permitir que a ameaça real, o candidato do MDB, passe ao largo e siga crescendo. Zé Eliton não aprendeu nada com as duas campanhas vitoriosas de que participou, ao lado de Marconi, a de 2010 e a de 2014. Ou, se aprendeu alguma coisa, esqueceu.