Comunicação palaciana passa a promover Daniel Vilela, esperando que ele, ao dividir a oposição, ajude Zé Eliton. Problema: o emedebista é um candidato perigoso, que pode crescer e ir para o 2º turno com Caiado
O governador Zé Eliton tem à sua disposição a maior equipe de comunicação e marketing jamais montada para favorecer qualquer candidato majoritário em Goiás, em qualquer época.
Mas com tanta gente ocupando o mesmo espaço, o resultado são as trombadas, a disputa pelos principais postos da campanha e uma dificuldade imensa para a definição da estratégia correta a ser seguida pela chapa tucana.
A última guinada desse pessoal foi a deflagração de uma campanha de ataques caluniosos ao líder das pesquisas, Ronaldo Caiado, que está praticamente 30 pontos – ou mais de 1.000.000 de votos – à frente de Zé Eliton. É um erro: em Goiás, nenhum candidato jamais virou uma eleição jogando bombas rasteiras nos seus adversários. O jogo sujo, geralmente, volta-se contra quem o faz.
A outra estratégia que os comunicadores palacianos estão desenvolvendo é ajudar o quanto podem Daniel Vilela, na esperança de que, ao dividir a oposição, no final das contas Zé Eliton seja de alguma forma beneficiado. É engraçado ver os blogs e jornais governistas tratando as notícias do candidato emedebista com carinho e zelo, chegando até mesmo a elogiar suas propostas e posicionamentos.
Mas há um problema: Daniel Vilela é um candidato perigosíssimo, seja pela sua juventude, seja pela capacidade de expressão e formulação de ideias. Isso, quando a pesquisa Serpes/O Popular revela, nesta terça, que metade do eleitorado goiano deseja uma cara nova no governo do Estado. Com o apoio que está recebendo do governismo (dizem que Marconi Perillo já o socorreu fazendo corpo mole para segurar o PP e o PRB na base governista e deixando-os escapar para a coligação do MDB), ele pode crescer, crescer e de repente parar em um eventual 2º turno com Caiado, deixando Zé Eliton na saudade – lembrando que Daniel segue empatado em 2º lugar nas pesquisas com o homem de Posse.
Esperteza demais costuma crescer e engolir o esperto.