Diziam que Zé Eliton subiria nas pesquisas após assumir o governo e se tornar conhecido. Não deu e ele até caiu. Agora, a desculpa é que a campanha ainda vai começar e que, aí sim, ele vai crescer
O candidato da base liderada pelo PSDB, Zé Eliton, cometeu um erro grave de estratégia eleitoral ao assumir o governo e apostar na imersão na rotina administrativa para se firmar perante a sociedade como um estadista, um governante sério e responsável, que a partir daí seria aprovado e daria um salto nas pesquisas. Não faria, como não fez, política e recolheria os louros que viriam naturalmente da sua postura de político preocupado com o futuro dos goianos.
Não deu certo. Mais de quatro meses se passaram com Zé Eliton no cargo de governador, sucederam-se pesquisas e nada aconteceu. Em algumas, como a última Serpes/O Popular, ele até caiu, pouco, mas caiu. Não se livrou do empate com Daniel Vilela e continuou a 30 pontos de distância, ou 1.000.000 de votos, de Ronaldo Caiado.
Agora, a desculpa mudou. O próprio governador, ao comentar a pesquisa Serpes, disse ao O Popular que a campanha ainda não começou e que, começando, a militância da base governista irá para as ruas e alavancará a sua candidatura.
É uma aposta arriscada. Ruas são uma ficção na política moderna: comícios, carreatas e caminhadas são coisa do passado e não têm nenhuma influência na definição de voto. E isso numa eleição que não desperta interesse algum para quase 40% dos eleitores, segundo a pesquisa Serpes/OPopular.
Mas… sempre há uma desculpa a mais. Se não subir com o início da campanha, e provavelmente não vai, Zé Eliton poderá dizer que, com certeza, vai reagir nas pesquisas com o advento dos programas eleitorais, em 31 de agosto. Por que razão fica difícil saber.