Plano de governo de Zé Eliton repete o de Marconi em 2014, gasta quase metade das suas 70 páginas relatando o que o Tempo Novo fez nos últimos 20 anos e basicamente propõe manter o que já foi feito
Mais relatório do que foi feito pelos governos do Tempo Novo em seus 20 anos de duração e menos proposta de um rumo para Goiás no futuro, o plano de governo apresentado por Zé Eliton é basicamente idêntico ao que Marconi Perillo apresentou em 2014 – o que se explica pelo fato de que a equipe autora é praticamente a mesma, com o acréscimo de um talento de fora, o ex-secretário de Segurança Ricardo Balestreri, que é gaúcho. Em 70 páginas, quase a metade é dedicada a relembrar realizações do passado.
A redação e a forma de exposição através de centenas e centenas de itens (414 no total), a maioria começando por verbos no infinito como ampliar, fortalecer, aprimorar, aperfeiçoar, promover ou incentivar, repetem o modelo e o conteúdo adotados em 2014 pelos tucanos. Na verdade, trata-se de uma grande cartilha de boas intenções.
Ampliar e apoiar são palavras utilizadas 80 vezes cada uma. Manter, que resume o espírito do plano, aparece 30 vezes. A história de Goiás é dividida em antes e depois de 1999, quando Marconi começou o seu primeiro mandato, e a conclusão inevitável é uma só: Zé Eliton trabalhará para preservar e prosseguir com tudo o que foi feito, em especial programas emblemáticos como Renda Cidadã, Bolsa Universitária, Vapt Vupt, Cheque Moradia e outros que ficaram conhecidos nas duas décadas de poder do Tempo Novo – que o plano ressuscita agora sob a alcunha de “Novo Tempo Novo”.
Não há como não concluir, lendo o plano, que Zé Eliton, se eleito, vai continuar fazendo exatamente o que já faz hoje e o que Marconi fez nas suas gestões.