Zé Eliton acusa adversários de não incluir fontes de financiamento nos seus planos de governo. Mas não é bem assim: nem ele apontou de onde virão os recursos para os projetos que propõe
O governador Zé Eliton atacou seus adversários Ronaldo Caiado e Daniel Vilela afirmando que eles não incluíram as fontes de financiamento para os projetos que apresentaram nos seus planos de governo.
Não é bem assim. Este blog está analisando cuidadosamente cada plano, com ajuda de economistas, e pode afirmar: nem Zé Eliton nem Ronaldo Caiado nem Daniel Vilela relacionaram seus projetos recursos originários desta ou daquela rubrica orçamentária. Caiado é o que foi mais longe, pois a sua proposta traz uma detalhada análise da situação fiscal do Estado, que ele considera dramática, defendendo, no geral, soluções como a renegociação da dívida ou a formação de parcerias público-privadas para a geração de investimentos no desenvolvimento econômico e mesmo no fortalecimento da rede de proteção social. Não há nada parecido nos planos dos candidatos tucano e emedebista.
A crítica de Zé Eliton, portanto, vale para ele mesmo. Ele simplesmente não tratou de fontes de recursos para os 414 projetos que listou no seu plano de governo de 70 páginas e nenhuma referência a questões orçamentárias.