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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

21 ago

“Onda azul” que estaria tomando conta de Goiás é ficção inventada pela campanha de Zé Eliton, mesmo porque não há adesão popular à sua candidatura (patinando nos 10% nas pesquisas)

Segundo a comunicação da campanha do governador Zé Eliton, uma “onda azul” estaria tomando conta do Estado, a partir das mais de 100 carreatas que foram realizadas nos municípios no último fim de semana, comandadas em cinco frentes pelos candidatos tucanos.

 

O azul se refere à cor básica adotada pelo PSDB desde a sua fundação e, em Goiás, é mais um elemento da campanha tucana que remete ao passado – ou seja, às campanhas vitoriosas de Marconi Perillo, todas fortemente ancoradas nessa tonalidade, mas… passado.

 

O próprio Zé Eliton, nas carreatas, vestiu meio sem jeito uma camisa polo cor azul, embora um pouco forte, diferentemente de Marconi, que apareceu com uma das suas tradicionais camisas azul da cor do céu.

 

Mas falar “onda azul”, como falam os releases da campanha governista, é evidente e infantil exagero, até beirando o ridículo pela falta de credibilidade. Pois isso só poderia ser dito se houvesse uma maciça adesão da população às candidaturas de Zé Eliton e de Marconi (e de Lúcia Vânia), o que as pesquisas mostram que não há. Ao contrário, o cabeça de chapa da coligação governista continua patinando nos 10 pontos percentuais, empatado com Daniel Vilela, sim, Daniel Vilela, que não dispõe nem de uma mínima fração dos recursos e vantagens que o controle da máquina governista garante a Zé Eliton. E Marconi, que é ou era Marconi, não está tão bem assim na disputa pelo Senado.

 

Não há onda azul nenhuma. Veja a foto acima, leitor, copiada do perfil do deputado Lucas Calil no Instagram (ele escreveu “carreta” em vez de carreata). Olha que clima frio. Essa bobagem de “onda azul” é só mais uma manifestação de irrealidade e, por que não?, de ufanismo sem sentido dos tucanos de Goiás.