Caiado, Zé Eliton e Daniel estão fazendo carreatas nos municípios como única campanha de rua. É de se supor que umas neutralizarão os efeitos das outras, se é que têm algum, e tudo continuará como está
As campanhas de Ronaldo Caiado, Zé Eliton e Daniel Vilela estão ganhando as ruas dos municípios com carreatas que são praticamente a única atividade eleitoral que desenvolvem, fora reuniões e encontro com partidários e militantes.
Nesta terça, Daniel Vilela se dedica a oito carreatas no interior. Caiado, no último fim de semana, fez 39. E Zé Eliton, dividindo a sua campanha em cinco frentes, garante que o seu comboio passou por 120 cidades, também no fim de semana.
O que isso vai mudar nas pesquisas? Provavelmente nada. Umas pelas outras, as carreatas terão os seus efeitos, se é que têm algum, neutralizados. Caiado e Zé Eliton, em entrevistas, defenderam esse tipo de campanha como uma forma de levar a mensagem do candidato ao eleitor, o que parece meio exagerado. Que mensagem seria transmitida em uma rápida passagem de uma fila interminável de carros, com um locutor gritando slogans, foguetes e buzinas, enquanto algumas pessoas amontoadas em uma caçamba de camionete, a maioria desconhecidas, acenam às calçadas e mandam abraços e beijos?
Nenhuma. Carreatas são como comícios, ou seja, um modo antigo e atrasado de fazer proselitismo eleitoral. Talvfez até uma perda de tempo. O mundo mudou. Um só celular é mais eficiente para “levar a nossa mensagem” do que mil carros.