Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

23 ago

Candidato ao Senado mais rejeitado e em queda (saiu do 1º para o 2º lugar na pesquisa Grupom/DM), Marconi enfrenta o desafio da sua vida: como não ser arrastado para o buraco com Zé Eliton?

Veja o vídeo acima, leitor. O ex-governador Marconi Perillo, em um evento de campanha, desce do palco e toma a mão do atônito Zé Eliton, levanta para cima e tenta insuflar ânimo na plateia e… principalmente no próprio Zé. Isso, para quem conhece, é típico de Marconi e significa que ele vê no candidato tucano a governador alguém meio parado, tanto que Zé Eliton se mostra nitidamente sem graça.

 

Justiça se faça, Marconi faz o que pode. Saiu, por exemplo, do seu estilo amigável e equilibrado, para fazer ataques descabelados a Ronaldo Caiado e até à sua família, estratégia agressiva de campanha que costuma dar errado e se voltar contra quem a adota. Está claro que o tucano-chefe está enxergando um risco elevado para a sua candidatura ao Senado, hoje longe de ser tranquila e segura. Ao contrário, é arriscadíssima, conforme as últimas pesquisas que o mostram como o mais rejeitado dentre todos os quatro postulantes com chances – ele, Lúcia Vânia, Kajuru e Vanderlan Cardoso. Aliás, uma rejeição cavalar, equivalente a quase metade do eleitorado do Estado.

 

Zé Eliton, pelo estilo pachorrento e insosso, não é o líder necessário para um exército tão grande e poderoso como a base aliada montada por Marconi em 20 anos de poder. Na base governista, todos sabem disso. O problema é que, vice que se transformou em governador, não houve como escapar da sua candidatura, impositiva e não uma livre escolha. Esse é o problema. Marconi está esperneando para não ir para o buraco junto com o seu poste.