Erro crasso de Zé Eliton, ao assumir o governo há 5 meses e não entrar em campanha, permitiu a Caiado navegar sozinho e se consolidar no 1º lugar sem contestação. Agora, é tarde demais para uma reação
Um dos maiores erros de estratégia de toda a história as eleições em Goiás foi cometido pelo governador Zé Eliton, ao assumir o cargo em 7 de abril último e, todo pavoneado, resolver que se dedicaria à rotina administrativa e à liturgia da governadoria, sem se apresentar como candidato – o que ficaria para mais tarde, quando a campanha começasse oficialmente.
E assim foi. A ideia era vestir o figurino de estadista e governante responsável. Para quê? Para confirmar Ronaldo Caiado no 1º lugar nas pesquisas, dando a ele quase cinco meses de folga para consolidar essa liderança, sem contestação e com espaço à vontade para se apresentar como a mudança necessária que Goiás espera depois de 20 cansativos anos do Tempo Novo. E o mais triste é que Zé Eliton nem conseguiu fazer uma boa gestão, como mostram as taxas de reprovação que vem obtendo nas pesquisas.
Tardiamente, a 50 dias da data das eleições, Zé Eliton finalmente concluiu que era hora de assumir a candidatura. Isso há poucos dias atrás. E o resultado está aí: as pesquisas são duras com ele ao mostrar que não consegue crescer e se encontra estacionado com índices humilhantes para quem é beneficiário do poderio da máquina governista. Neste domingo mesmo, o levantamento Serpes/O Popular dá o governador empatado em 2º lugar com Daniel Vilela, com os mesmos 10% de sempre em média de intenções de voto. Um desastre.
Errou. E parece que vai custar a eleição.