Discurso voltado para o passado, ou seja, para as realizações do Tempo Novo, e não para o futuro, aliás repetindo o que levou Iris à derrota em 1998, mostra que a campanha tucana não acertou o tom

A campanha da coligação liderada pelo PSDB não conseguiu acertar o tom, apesar do grande número de profissionais de comunicação e de marketing a seu serviço, e acabou fixando uma imagem de imobilismo, por um lado, e continuidade vazia, por outro.
É o que se pode depreender do debate desta segunda na rádio Interativa FM, em que todos os adversários atribuíram a Zé Eliton a pecha de viver preso ao passado e de não ter propostas para o futuro de Goiás e dos goianos. Acuado, ele não conseguiu desmentir, mas, ao contrário, confirmou essa acusação.
Zé (como o batizaram seus estrategistas) alegou que, sim, tinha propostas, citando a tentativa de eliminar as filas por exames e cirurgias na Saúde ou o financiamento de cursos de mestrados para professores. Mas não são projetos específicos que definem o que um candidato significa. O mais importante é a ideia que ele encarna para que a vida seja melhor nos dias que virão. E, nesse sentido, ao olhar para trás, repetindo sem parar que vai dar continuidade ao que já foi feito nos últimos 20 anos, Zé não consegue motivar o eleitorado a optar pelo seu nome, como demonstram claramente as pesquisas que o dão com apenas 10% das intenções de voto.